O Senhor nos olha com misericórdia
Ana Paula Paiva – Neste dia, nossa Igreja celebra o Domingo da Divina Misericórdia, instituído no domingo posterior à Páscoa, como expressão do necessário reconhecimento sobre a infinita misericórdia de Deus para conosco.
A solenidade da Divina Misericórdia, interpretada a partir das revelações particulares feitas à Faustina Kowalska, em 1931, é a expressão do desejo de Deus em ter a sua misericórdia enfatizada – como refúgio para os pecadores que Dele se aproximam, como traço do seu infinito amor por nós, que nos quer por perto, sadios espiritualmente e filiais, entregando a Deus nossas chagas e pecados, para nos deixar ser tocados por Seu amor de predileção.
Do diário de Santa Faustina lemos:
“Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia. Quero que essa Imagem, que pintarás com o pincel, seja benzida solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia” (Diário, 49).
“Desejo que a Festa de Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Nesse dia estão abertas as entranhas da minha Misericórdia. Derramo todo o mar de graças nas almas que se aproximarem da fonte da minha Misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e castigos. Nesse dia estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças… Desejo que seja celebrada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa. A humanidade não terá paz enquanto não se voltar à fonte da minha Misericórdia” (Diário no.699).
Especialmente por isso, essa solenidade traz consigo a possibilidade de lucrarmos indulgência plenária, desde que satisfeitas as condições comuns para todas as indulgências (confissão sacramental, comunhão e oração pelo Santo Papa) – a veneração da imagem da Divina misericórdia, por exemplo, é uma das atitudes passíveis do recebimento dessa indulgência, que pode ser lucrada para nós ou para algum ente querido já falecido.
Que Jesus, infinita Misericórdia, nos ensine que, pelos caminhos da Sua justiça também encontramos – certamente – sua especial solicitude, e que tenhamos humildade para implorar o perdão dos nossos pecados e reconhecer que somente Jesus nos pode trazer a salvação.