19 de abril de 1914: Fundação da Congregação Mariana. O que podemos aprender dela para a formação dos jovens e crianças?
Angelica Hashimoto – Vivemos num tempo de muitos desafios que nos interpelam e nos provocam diversas reações em vários campos de nossa vida. Hoje, especificamente, queremos olhar alguns aspectos na educação e na formação de nossas crianças e jovens.
De fato, não há como negar que nossas crianças e nossos jovens têm sido impactados de diversas maneiras neste tempo que vivemos. Sem entrarmos na explicação dos motivos e nos diversos comportamentos que temos presenciados, todos nós, educadores, pais, professores e familiares, sabemos da importância da formação destes jovens e muitas vezes nos sentimos impotentes perante as circunstâncias vividas.
Acreditamos que o Pe. José Kentenich, quando assumiu a tarefa de Diretor Espiritual de jovens no início do século XX, também sentiu muitos desafios, num tempo que não era de pandemia, mas de uma profunda mudança de mentalidade, às vésperas de uma guerra e revoluções. Tudo isso também se refletia nas atitudes dos jovens pelos quais ele era responsável.
Como nosso Pai atuou?
Nosso Pai, um brilhante pedagogo, sabia qual era seu objetivo, tinha claro que a educação, a formação de uma pessoa é “um serviço à vida do outro”, um serviço a ajudá-lo a se desenvolver em plenitude e integralmente, levando a ser “um novo homem em uma nova comunidade”.
Toda sua condução com esses jovens partiu do serviço à vida de cada um, desenvolvendo uma pedagogia de vínculo, de confiança, de ideal, de aliança e movimento. Aos poucos foi introduzindo sua pedagogia mariana, colocando Nossa Mãe como modelo e meio de formação dos homens!
Como podemos ajudar?
Mas como, hoje, podemos ajudar nossas crianças e nossos jovens no tempo em que vivemos? Seguindo os passos de nosso Pai e Fundador! A educação de nossos filhos ou alunos sempre deve ser um serviço, um serviço à vida de um Tu! A esse Tu queremos nos vincular e ajudá-lo a se vincular com valores, ideias, lugares e pessoas, o contato vital e pessoal nos ajuda a desenvolver essa sensação de pertencimento. Para nossos filhos ou alunos é muito importante que eles saibam o quanto nos preocupamos com eles e que os temos no coração!
Também podemos confiar pequenas tarefas (de acordo com a idade), consultarmos em decisões e pedirmos ajuda para escolhas diárias, ajudamos a desenvolver a confiança, mostrarmos que podem conseguir seus objetivos, ajudando a se organizarem para isso.
Para nossos jovens, a vinculação a uma atitude mariana, primeiramente por meio do exemplo, é fundamental. Eles precisam que nós possamos viver e testemunhar esse amor à Mãe de Deus. Como os jovens que nosso Pai acompanhou, aos poucos foram introduzidos no amor à nossa Mãe.
Propormos atividades que elevem suas expectativas, presenteiem perspectivas e ideias, que se sintam capazes de atuar e acreditar em seu potencial, ajudam a que possam buscar seus ideais. A educação e formação de crianças e jovens é um contínuo adaptar-se às necessidades, nos reinventarmos a cada dia de acordo com o ritmo vital do indivíduo, por isso estamos sempre em movimento. Todas essas atitudes necessitam, sem dúvida, de uma vida constante de diálogo com Deus, a oração é a grande força dos educadores!
Acolher, amar e servir
De uma maneira geral, podemos dizer que a pedagogia de nosso Pai é um grande presente para lidarmos com nossos desafios hoje.
Manter sempre o contato constante e vital, o pertencimento, estimularmos as ideias e iniciativas de nossos filhos e alunos, bem como impregnar nossa atitude educadora (como pais ou professores) com uma atitude mariana, acolhendo, servindo, amando, entregando na oração diária nossos desafios e apontando firmemente a grandes ideias, tudo isso nos ajuda a enfrentarmos os desafios diários.
Neste dia em que recordamos a fundação da Congregação Mariana, em 19 de abril de 1914, lembremos:
“Não, não somos sonhadores iludidos e jamais queremos chegar a sê-lo. Sabemos o que queremos!” (PJK – Conferência da fundação da Congregação Mariana)
“Qual será nosso objetivo? (…) Sob a proteção de Maria, queremos aprender a educar-nos, para sermos sólidos e livres caracteres sacerdotais. (…) Queremos aprender. Não somente vós, eu também. Aprenderemos uns dos outros, pois nossa aprendizagem nunca há de cessar, principalmente em se tratando da arte da autoeducação, que é obra de toda a nossa vida” (Pe. Kentenich em: Documento de Pré-Fundação)
A obra realizada por Pe. Kentenich , por Nossa Senhora de Schoenstatt, 3x admirável, deveria ser mais enfatizada.
Olá Simone, tudo bem?
Concordo plenamente com o que escreves, e é por isso que cada um de nós que se sente bem pessoal e espiritualmente no Movimento de Schoenstatt deve ser missionário. Então como “pequenas Marias” vamos atuando para o surgimento e formação de novos seres humanos e por conseguinte NOVAS COMUNIDADES DE AMOR E FÉ.
Mãos a obra, ajudemos as irmãs nesta missão de enfatizar Schoenstatt e suas maravilhas para a humanidade!