Como o Fundador sonhou a missão maternal
Karen Bueno – Pe. Kentenich dirige uma atenção especial ao ramo das mães por terem elas uma missão muito semelhante à missão de Maria: ser uma Custódia viva. Às mães é confiada a tarefa de educar santos, sendo berço de santidade para muitos. A mulher, para o Fundador, deve transmitir a imagem de Maria, ser o rosto materno de Deus. Uma tarefa ousada e muito importante.
Para o Pe. Kentenich, as mães devem trazer em sua personalidade os traços da Mãe de Deus: humildade, dedicação e confiança, piedade, simplicidade e pureza filial. Neusa Maria Rocha, da União de Mães de Schoenstatt, ajuda a compreender melhor como é essa imagem de mulher, mãe e esposa, pensada pelo Pai e Fundador.
Como é o modelo de mãe sonhado pelo Pai e Fundador?
Segundo a visão do nosso Fundador, Pe. José Kentenich, todos os seres humanos têm fome e sede de Deus. O primeiro mandamento diz que amar a Deus é o principal e que não existe amor terreno seguro se não estiver ancorado no amor de Deus. Ora, quanto mais amarmos a Deus, tanto maior será o nosso amor pelas criaturas. Tudo que uma mulher, esposa e mãe transborda em seu lar como gestos de amor ao esposo e filhos, nada mais é do que a consequência natural do amor que ela nutre por Deus. Assim, pode co-determinar a sorte dos que lhe são confiados porque ela repousa nas mãos do Pai.
Com a espiritualidade de Schoenstatt, temos uma escola de amor que é o Santuário e uma Educadora que é nossa Mãe e Rainha. O próprio Pe. Kentenich nos diz: “Tudo o que sou, devo a Maria”. Ela é a estrela que nos conduz e nos forma segundo a imagem do seu filho Jesus. Missão que recebeu aos pés da cruz, quando Ele nos deu a maior prova de amor – “dar a vida pelo irmão”, deixando-nos em seu testamento final, a sua própria mãe, para que daquele dia em diante ela exercesse a sua divina e santa maternidade em nós e por nós, como um perfeito caminho para chegarmos até Ele.
Ela, Maria Santíssima, é, pois, o nosso modelo de mulher, esposa e mãe. Com o seu “Sim” obediente e disponível colaborou com a obra da nossa salvação. Suas virtudes e atitudes contribuíram para nos abrir as portas do céu, ensinando-nos que o grande segredo é sermos filiais e obedientes, fazendo sempre a vontade do Pai celestial em nossas vidas.
Quais características essa mãe deve ter?
Jesus é a Luz e sua Mãe foi abençoada e iluminada como o espelho humano desta luminosidade para refleti-la em todos nós, seus filhos. Imitando-a em suas virtudes da pureza, do amor desinteressado, da confiança inabalável, da sua disponibilidade em servir, da sua fidelidade, sua humildade, bondade, solidariedade, silêncio, renúncia, sacrifício, obediência, dignidade, nobreza…, um pouco do seu brilho nos fará compreender e desejar servir a Deus de acordo com o seu divino plano a nosso respeito.
O Pe José Kentenich encontrou uma forma original de nos ajudar na conquista destas virtudes. Deixou-nos a condição de selarmos uma Aliança de Amor com a Mãe de Deus, realizando uma troca de corações, transformando-nos e preparando-nos para sermos instrumentos aptos em suas mãos maternais. Com a nossa colaboração humana, através de muitas ofertas ao seu Capital de Graças, contribuímos com ela, alcançando a nossa santificação, da nossa família, tornamo-nos missionários, caminhando com ela pelo mundo, levando para as pessoas os traços de Cristo e, com Ele, no Espirito Santo, seremos todos conduzidos ao Pai, construindo e vivendo a civilização do amor, a cultura do encontro, a cultura da aliança.
Qual é a missão da “mãe schoenstattiana”? E seu papel na Obra de Schoenstatt?
A mãe schoenstattiana que o Pe. Kentenich deseja presentear à Igreja é aquela que tem a Mãe de Deus como modelo e que deseja ser uma pequena Maria… Uma imagem genuína da mulher, na posse plena da sua dignidade sonhada por Deus, capaz de arrebatar o mundo da escravidão, da miséria moral, do pecado. E nosso Pai e Fundador disse em 1942: “Eu gostaria tanto de formar nas senhoras a mulher nova, a mulher nobre como Deus a deseja para o mundo de hoje”. Uma mulher pura, integra e santa como deve ser uma custódia que carrega Cristo (a primeira custódia viva foi Maria). Tal ideal desperta em nós uma saudade: “Mãe quem me dera ser como tu!”
O mistério de Maria é Cristo. A missão do nosso Fundador, segundo ele próprio nos diz é levar ao mundo este mistério. Como Mães de Schoenstatt, desejamos contribuir para com a missão do Pe. Kentenich. O pensar feminino, por sua maior proximidade com a vida e as pessoas, por sua penetração intuitiva da realidade é chamado a ser complemento e a mostrar dimensões mais humanas, o sentimento de vida acertado. O amor a Cristo nos torna livres de qualquer entrega equivocada que possa encaminhar o conhecimento e a vontade numa direção que não corresponde ao ser de régia nobreza da pequena Maria. “A mulher em cujo rosto brilham traços de Maria é uma bênção para o mundo!”
A tarefa de ser mãe se estende para quem? Apenas aos filhos?
A maternidade é uma característica própria, original e única do ser feminino criado por Deus. O corpo, a natureza psíquica da mulher, sua alma, já trazem o selo do sentimento maternal. Tendo gerado filhos biológicos ou não, o ser mãe está latente em sua natureza e se destaca em seus gestos, pensamentos, características e atitudes. Em Maria contemplamos sempre a maternidade e sua essência é o amor que se faz doação, servindo e atendendo aos apelos de seus filhos. Quantas mulheres existem dedicadas ao servir e a doar-se aos outros. Imagens maternais que desenvolvendo seu amor revelam o brilho da pequena Maria para o mundo.
Em 1966, nosso Pai e Fundador disse para as mães: “As senhoras nem imaginam que presente é para o mundo de hoje uma mulher que vem das alturas do céu e irradia tal atmosfera em torno de si!”. Em outra ocasião falou: “se a mulher não se tornar ou permanecer consciente da sua peculiaridade… será eliminado um elemento fundamental de toda cultura, um elemento tão essencial para a construção da sociedade humana que nunca poderá ser dispensado.”
Boa tarde ❗🌹😘😘😘
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