Hoje, celebramos a primeira aparição de Nossa Senhora, em Fátima/Portugal
Ir. M. Nilza Pereira da Silva – Certa manhã, aqui no Brasil, uma família – pai, mãe, avó e dois filhos pequeninos – cruzava, com seu carro, uma linha férrea em Juiz de Fora/MG, quando deu pane geral e o carro travou. Os pais desceram e tentaram empurrar o carro quando, de repente, ouviram o barulho do trem se aproximando rapidamente. Foi um momento de desespero. Quando a mãe viu que não havia mais o que fazer, o trem atingiria em cheio o carro e não dava mais tempo para tirar seus filhos, imediatamente, ela abriu a porta e entrou no carro, jogou-se no banco de trás, ao lado deles. De fato, o trem atingiu o automóvel, mas, graças a Deus, todos se salvaram. Então, quando tudo se acalmou, um repórter perguntou para a mãe por que ela fez isso, sabendo que poderia morrer. Sua resposta é: “Quando vi que não tinha mais jeito, entrei no carro, pois se acontecesse algo pior eu estaria com meus filhos.”[1]
Nos maiores perigos, ela vem para junto de seus filhos!
Se uma mãe na terra tem esse amor heroico, tanto maior é o amor de Maria por nós, pois nela nada atrapalha a força do amor de Deus. Ela nunca abandona seus filhos e, em tempos de maiores perigos, coloca-se ainda mais perto do que em tempos normais. Nós temos muitas experiências disso, em nossa história e na história da Igreja, por isso, podemos ser fortes também agora e em todas as situações de nossa vida.
No início da primeira guerra mundial, ela diz: “Se acontecer algo pior, quero estar junto com os meus filhos!” Então, ela desce do céu, sela a Aliança de Amor, em 1914, e estabelece sua morada no Santuário, em Schoenstatt/Alemanha. É isso que explica também que, apenas dois anos depois, quando a Guerra arrasa a Europa, muitas famílias perdem tudo e a dor pela perda de pessoas amadas sangra os corações, em 13 de maio de 1917, Maria aparece em Fátima/Portugal.
“Não tenham medo!”
Nesse dia, ela se aproxima de três crianças, Jacinta, Francisco e Lúcia, e, por meio delas, diz ao mundo inteiro: “Não tenham medo!” Como Mãe, assim como fez em Schoenstatt, ela diz ali também que Deus conta com nossa participação para devolver a paz ao mundo, para salvar as almas e ela acalma os corações aflitos. Seu método pedagógico é sempre o mesmo: iluminar o mundo interior, o microcosmo, para que se faça o homem novo. Lemos nos relatos de Lúcia, que Nossa Senhora “abriu as mãos, transmitindo-nos uma luz tão intensa, que entrava no mais íntimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus”.
Oração e sacrifícios
Para ajudar a salvar o mundo da tragédia que o assolava, Maria pede que as pessoas exijam o máximo de si mesmas (fazer penitências) e zelem pela vida de oração (rezar o terço). “Rezem o terço, todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra” [2] Vejam que muda a forma como Maria se manifesta, pois em Schoenstatt não houve nenhuma aparição ou outra coisa extraordinária, mas, é a mesma Mãe e Educadora, com o coração repleto de amor e faz, de forma diferente, os mesmos pedidos.
Ela vence os poderes das trevas
Em Dachau, em 1944, Pe. Kentenich fala sobre Fátima. Ali “a Mãe de Deus apresenta-se a si própria como uma arma pronta para a batalha contra todos os poderes das trevas, contra todos os inimigos da alma e contra a grande infelicidade do mundo. Revela-se a si mesma como a Rainha… Sabemos que Deus exige para a salvação do mundo também a nossa própria cooperação… Ela disse: ‘Pensem que há tantas almas que se perdem eternamente, porque não há ninguém que reze e se sacrifique por elas.’” [3]
Renovemos nossa entrega ao seu coração
Quando o perigo é eminente e “não tem como nos desviar de sermos atingidos pelo trem”, Maria enfrenta o perigo e fica bem perto de nós. Em Schoenstatt, ela nos motiva para a consagração pessoal ao seu coração imaculado, em Fátima, ela repete esse pedido, que o mundo todo seja consagrado a ela. Como continua a dizer, nosso Pai e Fundador, em Fátima e em Schoenstatt, “Ela é considerada como a mão de Deus. Ele quer chamar para si os pequenos, os menores, por meio de Nossa Senhora.”
Nesse 13 de maio, renovemos nossa entrega a Ela, nossa Aliança, e nos empenhemos para cumprir as exigências de amor que ela nos faz, para desvendarmos nosso mundo interior, elevar ao máximo a exigência a nós mesmos, pela autoeducação, e cultivar uma zelosa vida de oração, que para todo cristão mariano inclui, sem dúvidas, a reza do terço.
[1] http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2015/11/recomeco-diz-motorista-que-ficou-com-os-filhos-ao-ser-atingida-por-trem.html
[2] Relatos de Irmã Lúcia, em “Apelos”, 1997
[3] Pe. José Kentenich, Schoenstatt e Fátima – manuscrito não publicado
Amo Nossa Senhora. Hoje está um dia especial, queria falar tantas coisas, mas …….Rogai por nós Santa Mãe de Deus
Para sermos dignos das promessas de Cristo. Amém!
Maria, minha Mãe Rainha!
Tanto tenho alcançado , graças à vossa infinita misericórdia. Protegei- nos de toda maldade! Mil graças vós dou. Assim seja