A vida dos Santos é uma escola para nos ensinar como viver e ser feliz
Flavia Ghelardi – No mês de junho celebramos as tradicionais festas juninas – agora realizadas muitas vezes de forma virtual. Elas têm origem na comemoração das festas de Santo Antônio (dia 13), São João Batista (dia 24) e São Pedro (dia 29). Mas, qual é a razão da Igreja Católica fazer memória dos santos?
Jesus, no Sermão da Montanha, nos exorta: “Portanto, sejam perfeitos como é perfeito o Pai de vocês que está no céu.” (Mt 5,48) E São Pedro enfatiza: “Assim como é santo o Deus que os chamou, também vocês tornem-se santos em todo o comportamento, porque a Escritura diz: ‘sejam santos, porque eu sou santo’.” (1 Ped 1,15-16). Desta forma, todos nós somos chamados à santidade, essa é nossa real vocação.
Buscar a santidade significa nos esforçar para viver aqui na terra o ideal para o qual o Pai nos criou, buscando, em tudo, realizar a sua vontade, mesmo que isso exija grandes sacrifícios. As exigências de nossa Aliança de Amor nos mantêm nesse caminho seguro à santidade: zelosa vida de oração, fiel e fidelíssimo cumprimento do dever, elevar ao máximo as exigências a respeito de si mesmo, tomar a sério os propósitos, contribuições ao Capital de Graças e a própria santificação.
Temos auxílio e inspiração para viver a vida de santidade
Como Deus de amor, o Pai não nos deixa sozinhos nesse árduo caminho. Ele nos deu Maria, nossa Mãe e Rainha, para nos guiar e educar. E também nos mostra o exemplo de tantos irmãos que tiveram os mesmos defeitos que temos, mas oraram com humildade e com muito esforço conseguiram se livrar deles e hoje gozam das alegrias do Céu e intercedem por nós. Por isso a Igreja, como Mestra e Mãe, faz questão de honrar a memória dessas pessoas, os nossos santos canonizados, para nos dar ânimo nessa caminhada rumo ao Céu.
Os santos são pessoas que responderam generosamente esse convite a colocar Deus no centro de suas vidas e são exemplos para cada um de nós, mostrando que é possível sim trilhar esse caminho. A Igreja Católica é tão rica em exemplos de santidade que temos santos de todos os tipos, de todas as origens, profissões, classes sociais, que se santificaram ainda no ventre materno, como é o caso de São João Batista, e de outros que, como Santo Agostinho, só se converteram na maturidade, clamando a Jesus: “Tarde te amei…”
A missão não termina na terra
Dependendo das dificuldades que superaram ou das graças extraordinárias que receberam aqui na terra, cada santo é conhecido por prestar auxílio em situações específicas. Sua missão não acabou quando partiram aqui da terra, mas continuam a realizá-la no paraíso. Como disse Santa Teresinha do Menino Jesus: “Passarei meu Céu fazendo o bem!”
Santo Antônio é conhecido como “santo casamenteiro” porque enquanto vivia, na época em que a mulher só conseguia se casar se possuísse algum dote, ajudava a moças humildes para conseguirem esse dote e um enxoval para poderem se casar. Há relatos de várias mulheres que conseguiram se casar por intercessão desse santo.
São João Batista é o padroeiro dos que são injustiçados por causa da fé, haja vista que morreu por anunciar o Reino de Deus e pedir a conversão dos pecadores. São Pedro, o primeiro Papa, é o padroeiro dos pescadores (pois era sua profissão antes de seguir Jesus) e das viúvas e viúvos. Além disso, ele é representado com chaves na mão, as “chaves do Reino dos Céus”, que Jesus lhe confiou (Mt 16,19).
Cuidado para não confundir devoção com superstição
É importante ressaltar que podemos e devemos pedir a intercessão dos santos, mas jamais fazer “simpatias” ou seguir superstições. Essas práticas vão contra o Primeiro Mandamento, que é “Amar a Deus sobre todas as coisas”, pois estamos colocando nossa fé e nossa esperança em outra coisa, não em Deus.
O Catecismo da Igreja Católica nos ensina: “A superstição é um desvio do culto que rendemos ao verdadeiro Deus. Ela se mostra particularmente na idolatria, assim como nas diferentes formas de adivinhação e de magia”. Portanto, é recomendado que se busque o Sacramento da Confissão, caso tenha caído nessa falta, mesmo que não houvesse consciência plena de que estava fazendo errado.
Assim, vamos aproveitar essa época de festas juninas e intensificar nossa oração aos santos que celebramos, resgatando o verdadeiro significado dessas comemorações. Uma dica é procurar conhecer mais a fundo a vida dos santos, não só os “juninos”, e procurar seguir seus exemplos. Para as crianças, uma boa opção é a cada dia contar a história de um santo na hora de dormir e criar desde cedo o hábito de pedir a intercessão dos nossos amigos do Céu.
Muito bom essa reflexão dos Santos e sobre as superstições.
Amei ‘ muito lindo as histórias dos santos. Sou muito fã dos santos afinal,tenho muita fé na intercessão dos santos já consegui muitas graças e milagres através deles .
Eu amo os Santos, porque eles foram pecadores como nós somos , mas souberam reconhecerem seus pecados, converteram se e fizeram a vontade de Deus, com obediência e respeito, por isso eles merecem todo o nosso carinho, dedicação, respeito,e acima de tudo a essência de Deus , nosso Pai, O Amor.
Reflexão excelente. Se todos os dias lermos sobre a vida dos santos estaremos crescendo na fé. Suas vidas, aqui na terra, são exemplos de como devemos caminhar para o Reino de Deus. Se seguirmos seus exemplos vsmos, também, nos santificado.