O que diz a Igreja sobre este sacramento?
Ronaldo e Angélica Hashimoto – O MATRIMÔNIO é o sacramento do amor! Uma grande beleza nesta realidade… homem e mulher, por amor, assumem uma aliança por toda vida. O amor humano, com tudo o que envolve, foi elevado a SACRAMENTO, por Cristo, com Cristo, com sua graça, é um sinal visível e eficaz do amor de Deus.
Na exortação apostólica Amoris Laetitia encontramos:
71 «…Na família humana, reunida em Cristo, é restaurada a “imagem e semelhança” da Santíssima Trindade (cf. Gn 1, 26), mistério de onde brota todo o amor verdadeiro. O matrimônio e a família recebem de Cristo, através da Igreja, a graça para testemunhar o Evangelho do amor de Deus».
72. “O sacramento do matrimônio não é uma convenção social, um rito vazio ou o mero sinal externo dum compromisso. O sacramento é um dom para a santificação e a salvação dos esposos, porque «a sua pertença recíproca é a representação real, através do sinal sacramental, da mesma relação de Cristo com a Igreja. Os esposos são, portanto, para a Igreja a lembrança permanente daquilo que aconteceu na cruz; são um para o outro, e para os filhos, testemunhas da salvação, da qual o sacramento os faz participar».
O matrimônio é uma vocação, sendo uma resposta ao chamado específico para viver o amor conjugal como sinal imperfeito do amor entre Cristo e a Igreja. Por isso, a decisão de se casar e formar uma família deve ser fruto dum discernimento vocacional.”
Como diz São Paulo, “vejam que grande mistério” (Efésios 5,32)! O amor Divino quer se expressar no amor humano. Por isso, ao vivermos esse sacramento, expressamos ao mundo o Amor de Deus.
Nosso Pai e Fundador, Pe. José Kentenich, lembra que o matrimônio é a mais perfeita imagem de Deus Trino! [1]
Também diz que a família, pelo sacramento do matrimônio, é uma comunidade de vida e de amor, baseada no vínculo do amor mútuo.[2]
Essa realidade tão humana se torna uma realidade de Aliança e Fidelidade junto a Deus, como nos diz o Catecismo da Igreja:
“O vínculo matrimonial é, portanto, estabelecido pelo próprio Deus, de maneira que o matrimônio ratificado e consumado entre batizados não pode jamais ser dissolvido. Este vínculo, resultante do ato humano livre dos esposos e da consumação do matrimonio, é, a partir de então, uma realidade irrevogável e dá origem a uma aliança garantida pela fidelidade de Deus. A Igreja não tem poder para se pronunciar contra esta disposição da sabedoria divina” (CIC 1640).
Esse vínculo matrimonial concede aos esposos graças especiais para viverem a realidade do matrimônio, enfrentarem dificuldades, na conquista diária do amor conjugal e na educação dos filhos. Pelo sacramento, os esposos têm Cristo como fonte dessa graça que vem ao encontro e permanece no dia a dia, ajudando na vivência diária do perdão, da coragem, do amor e do serviço familiar. Por isso, Cristo quis nascer e crescer no seio da Sagrada Família de Nazaré. A Igreja também é expressão da família de Deus, as famílias são as igrejas domésticas, pequenas ilhas de amor, de vida cristã no mundo de hoje.
Nosso Papa Francisco vai nos lembrar em Amoris Laetitia:
“O matrimônio é um sinal precioso, porque, «quando um homem e uma mulher celebram o sacramento do matrimônio, Deus, por assim dizer, “espelha-Se” neles, imprime neles as suas características e o carácter indelével do seu amor. O matrimônio é o ícone do amor de Deus por nós. Com efeito, também Deus é comunhão: as três Pessoas – Pai, Filho e Espírito Santo – vivem desde sempre e para sempre em unidade perfeita. É precisamente nisto que consiste o mistério do matrimônio: dos dois esposos, Deus faz uma só existência». Isto tem consequências muito concretas na vida do dia a dia, porque, «em virtude do sacramento, os esposos são investidos numa autêntica missão, para que possam tornar visível, a partir das realidades simples e ordinárias, o amor com que Cristo ama a sua Igreja, continuando a dar a vida por ela» (121).
Realmente é uma grande missão viver esse ideal, o sacramento do matrimônio, um grande presente a ser conquistado na vida diária e, mais ainda, somos convidados a viver e testemunhar a beleza do amor matrimonial, de nossa aliança indissolúvel, que nos impulsiona a viver plenamente toda entrega, serviço e amor a que somos chamados em nossa vocação. Peçamos a graça deste sacramento para bem vivê-lo, apesar de nossas limitações e misérias humanas.
* Contribuição do Instituto de Famílias de Schoenstatt
[1] KENTENICH, Pe. José. Às Segundas-feiras ao Anoitecer. Vol 20
[2] KENTENICH, Pe. José. Família Serviço à vida
Está reflexão sobre o casamento chegou a mim em boa hora. Esse eu e meu marido completamos 60 anos de matrimônio. A vida de um casal não é fácil , mas com amor e possível.