“Cuida que os filhos de Schoenstatt recebam até o fim dos tempos, a graça da Filialidade Heroica”
(Trecho da oração de coroação da Rainha da Filialidade Heroica)
Ir. M. Márcia Silva – A vida é uma experiência que exige coragem. Situações como: deixar de usar a chupeta, deixar as fraldas e dar os primeiros passos são os primeiros desafios que uma criança precisa enfrentar, mas não estamos sozinhos, temos alguém que está sempre por perto para nos ajudar, ensinar e incentivar.
Os anos passam e os desafios mudam, agora é preciso ir para a escola, escolher uma profissão, fazer uma entrevista, decidir o futuro… mas ela continua sempre do nosso lado, nunca nos abandona, sua presença nos ajuda a fazer a escolha certa e quando não aceitamos seus conselhos, sua oração nos alcança.
A essa pessoa chamamos: MÃE. Sua presença é fundamental para nosso crescimento e desenvolvimento. Seus conselhos podem ajudar-nos a vencer as lutas mais difíceis, assim como vemos relatado na bíblia, no livro de Macabeus , quando uma mãe encoraja seus sete filhos a permanecerem fiéis às leis de Deus e não temerem o martírio.
Mãe de Deus, se tu vens conosco não tememos a batalha
Maria nos ajuda a viver com heroísmo a filiação divina. Abrigados em seu coração, fazemos a experiência do amor paternal de Deus, que “criou-nos por amor e nos elegeu para sermos seus filhos adotivos, em Cristo” . Seguros em seu coração maternal temos forças para viver a Filialidade Heroica.
Quando o Pe. José Kentenich, no contexto do ‘31 de maio’, aponta a filialidade heroica como remédio para vencer o mecanicismo, ele sabe que o caminho é árduo e as dificuldades são muitas, por isso ele confia na Mãe de Deus e, “com muita coragem, ousadia e inabalável confiança filial, (ele) entrega cetro e coroa à Rainha de Schoenstatt, no Santuário Tabor, em Santa Maria/RS, no dia 20 de agosto de 1949, proclamando-a Rainha da Filialidade Heroica”.
Na oração de coroação, que brotou espontaneamente de seu coração, o Pe. Kentenich entrega à Maria a responsabilidade pela concretização da missão do ‘31 de maio’, assim ele reza: “Tu deves travar e vencer as lutas. É o que confirmamos e anunciamos solenemente ao mundo inteiro, colocando a coroa sobre tua fronte” .
Ele sabe que a vivência da filialidade heroica é uma conquista diária, que exige autoeducação. Sabe também que Maria é “nossa guia, nossa Mãe e educadora” , por isso afirma: “tua sabedoria de educadora despertará tudo o que há de nobre em nossa alma, para que vejamos concretizado, se não hoje, então em breve, o profundo anseio pela santidade, por subir às alturas, até o sol” .
Ao entregar coroa e cetro, o Pe. José Kentenich afirma a realeza e o poder de Maria. Ela é o porto seguro no qual ele sempre se ancorou. O ponto de equilíbrio com o qual alcançou uma fé inquebrantável, que lhe ajudou a permanecer sereno, tranquilo e alegre nas circunstâncias mais difíceis de sua vida.
Essa coroação é expressão de gratidão e confiança. “Queremos entregar a coroa à Mãe de Deus, expressando nossa gratidão por ela ter cuidado, até agora, do heroísmo da filialidade. Ao mesmo tempo, confessamos, igualmente, a confiança: Mãe de Deus, tu vais assumir novamente a responsabilidade por este elevado grau da filialidade heroica” .
Com o Pe. José Kentenich, rezamos:
“Também queremos entregar-te a coroa como ato de nosso reconhecimento. Nós nos confessamos de novo por tuas glórias, por teu reinado. És tu quem reinas e governas a partir daqui. Nós somos apenas pequenos instrumentos, sem vontade própria. És tu quem, a partir daqui, assumes novamente a plena responsabilidade pela direção de toda a Família e do mundo inteiro” .
Reflexão:
– Qual luta enfrentamos hoje? Como a Mãe de Deus pode ajudar-nos?
– De que maneira o amor à Maria pode despertar-nos para a Santidade?
– Em quais situações concretas sou chamado a viver a Filialidade Heroica?
– Olhando a história da nossa pátria e do mundo, quais situações nos impulsionam a entregar o cetro e a coroa à Mãe de Deus?
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