Sr. Manfred é o primeiro no lado direito
No dia da vocação consagrada, o Sr. Manfred M. Worlitschek, que pertence ao Conselho Geral do Instituto Secular dos Irmãos de Maria de Schoenstatt, partilha conosco a grande e bela missão de seu Instituto:
Sou membro do Instituto Secular dos Irmãos de Maria. Cheguei a conhecer Schoenstatt através do meu irmão, que queria entrar em um grupo do Jumas e eu já tinha a carteira de motorista para levá-lo até lá. O que mais me chamou atenção, no inicio, era a auto educação. Por meio dela, cheguei a descobrir devagarzinho a profundidade da Aliança de Amor. Pelos talentos que descobri em mim, escolhi a profissão de construtor de órgão de tubos, que atende uma ampla faixa desses talentos que tenho.
Minha formação profissional aconteceu junto com os meus conhecimentos de Schoenstatt. Quando começaram cair mais cabelos, senti que estava na hora de dar mais um passo. Schoenstatt estava em ressonância com o meu ser. Todos estes fatores me levaram aos Irmãos de Maria. Para mim, não foi uma decisão dramática, pois, era quase uma vocação lógica. A oportunidade de unir profissão, o mundo, Schoenstatt e a Igreja como missão era um ponto chave.
Quando mais me aprofundei na espiritualidade de Schoenstatt, percebi entre outros -no livro de “Santidade de todos os dias” – que esta harmonia entre Deus, obra e a criação está bastante desequilibrada, até as vezes quebrada ou enferrujada e empoeirada. Entre a Igreja e o mundo parece que existe um vácuo, tipo buraco negro, que suga o mundo e a nossa convivência sobrenatural em um vazio. Participamos da missa e saindo da porta esquecemos o Deus e mergulhamos no mundo praticamente sem se dar conta Dele. E inverso, quando entramos, deixamos o mundo lá fora, como um carro que não pode entrar na igreja. Se pensamos por acaso no “mundo” durante a missa achamos não piedoso, falta de fé, desrespeitoso…. Fomos infectados, contaminados e induzidos a separar o mundo do sobrenatural.
Os Irmãos de Maria tentam, como Maria, fazer uma ponte em cima do buraco negro, encher o vácuo entre mundo e igreja. Não é trabalho de Super-herói, é trabalho de qualquer cristão, com qualquer profissão e tarefa. Nós apenas temos a missão de despertar o que deve ser feito e mostrar, em termos humildes e simples, o que devemos fazer para construir pontes.
É comum as pessoas dizerem: “Trabalhei o dia inteiro, agora quero fazer algo para Deus”. É uma pena perder, talvez, 9 horas em não fazer nada para Deus. E, depois, o que quero fazer para Deus não tem “conteúdo”, essência de experiência diária, não tem “graça” adquirida, acumulada. Encontro me com Deus em geral com mãos vazias (sem as 9 horas) e volto de mão cheias. Só que, na volta para o mundo, despejo o que tenho nas mãos, porque não sei usar porque preciso fazer “outra” coisa.
Muitas vezes, consideramos o que Jesus quer nos ensinar por parábolas como historinhas, contos de fada, achamos bonito, uma maneira retórica de ensinamento… Na verdade, Jesus mostra inúmeras vezes que devemos vincular o nosso dia dia a Deus. Por exemplo, a nossa profissão é um complemento, uma segunda bíblia, feliz é quem descobriu isso. O mundo inteiro foi feito para descobrir Deus. Não precisamos fugir do mundo para encontrar Deus. Ele está, Ele é em tudo.
O que falei dos Irmãos de Maria vale para todos os consagrados. Precisamos san(tific)ar o nosso mundo, ser sal, fermento, luz no mundo, fazer o elo entre mundo e igreja como Maria.
Assim temos critérios “novos” do Padre Kentenich, quase inexplorados (também em Schoenstatt), para a escolha da nossa vocação. Um profissional competente que quer vincular-se, por meio do seu conhecimento, ao saber falar de Deus usando “parábolas” da sua profissão, como Jesus fez.
Sem o forte crescimento de homens consagrados (não importa o nível) não haverá primavera para nós cristãos. É a fala repetida e permanente do nosso Pai e Fundador. Viver essa missão, é viver com nosso Pai e Fundador é viver a missão do leigo. É viver por nosso “Santuário de trabalho” é viver o Espírito Mariano. É ser homem consagrado, é , entre outros, ser Irmão de Maria.
Foto: Governo de Curitiba/PR
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