Diante da imagem de Nossa Senhora do Rosário (esta da foto), nosso Fundador foi consagrado e experimentou na prática que Maria é Mãe e Educadora
Ir. Lucia Maria Menzel – Celebramos hoje a festa de Nossa Senhora do Rosário, instituída pelo Papa Pio V em 1571, após a vitória da batalha naval de Lepanto, impedindo a invasão dos turcos. Antes da batalha, o Papa havia pedido aos cristãos para rezarem o rosário suplicando que a Mãe de Deus afastasse o perigo.
Com a festa de Nossa Senhora do Rosário em outubro, a Igreja Católica dedica este mês ao Santo Rosário.
Uma coroa de rosas
A origem do termo Rosário está ligada aos romanos e gregos, que tinham o costume de coroar com rosas as imagens que representavam os seus deuses, como símbolo da oferta dos seus corações. Daí surgiu a palavra “rosário”, que significa “coroa de rosas”.
Com base nessa tradição, as mulheres cristãs que eram levadas ao coliseu romano para serem martirizadas, utilizavam coroas de rosas em suas cabeças, simbolizando a alegria e a entrega dos seus corações a Deus. À noite, os cristãos iam até o coliseu e recolhiam essas rosas rezando os salmos pelo descanso eterno dessas mártires.
A repetição da Ave Maria encontramos no século XII e com ela o início da evolução histórica do rosário, que chega à sua forma atual somente no século XVI. Em análogo da recitação dos 150 salmos bíblicos, os monges de pouco estudo repetiram 150 Pai Nossos ou 150 Ave Marias.
São Domingos e seus frades foram os grandes difusores desta prática religiosa, divulgando assim a devoção à Virgem Maria.
Aprendemos isso com o nosso Pai…
Para nós Schoenstattianos, a imagem de Nossa Senhora do Rosário possui um significado importante. Foi diante da imagem dela que a mãe do Pe. José Kentenich, Catarina, entregou seu filho à Nossa Senhora, quando devia deixá-lo aos cuidados de religiosas num orfanato. Esta consagração à Maria foi tão marcante na vida do Pe. Kentenich que se referiu frequentemente a ela ao longo de sua vida. Podemos nomeá-la como “vivência central da sua infância e experiência chave de toda a sua vida”. [1]
Talvez a memória desta vivência, a prática religiosa em casa e seu grande amor à Maria fizeram crescer o amor do Pe. Kentenich ao rosário.
Em muitas ocasiões Pe. Kentenich incentivava a recitação do terço. Nas palestras para as famílias em Milwaukee/EUA dedica quatro noites para falar sobre o Rosário. [2] “Pelo fato de sermos uma família de Schoenstatt, assumimos em certo sentido – não obrigados sob pecado – a obrigação: nenhum dia sem rosário, o breviário da família” [3]
⇒ Veja aqui outras citações do Pe. Kentenich sobre o Rosário
Em Ennabeuren/Alemanha, cidade onde ele espera, depois de sair do campo de concentração, para voltar a Schoenstatt, fala para a comunidade:
“O rosário é nosso grande amigo. … Que importância tem um bom amigo! Com ele, a criança sente-se abrigada em terra estranha! … Somos dependentes da fidelidade de bons amigos. O rosário é bom na alegria, melhor na luta. O rosário é o bom amigo na luta de nossos dias” [4]
Como o Rosário me ajudou
Vivenciei isso quando, durante a faculdade, estava fazendo estágio social. Acompanhando o trabalho de uma assistente social, nos deparamos com uma pessoa que queria se suicidar. Jovem, inexperiente, aflita porque não sabia o que fazer, coloquei minha mão no bolso onde se encontrava meu terço. Senti nesse momento como que a presença de “um amigo” e isso me ajudou a acalmar.
Embora que meus pais às vezes rezassem conosco o terço, não o experimentei como uma oração atrativa para uma criança. Mas, “na reconquista da minha fé” na juventude, aprendi valorizar esta oração em minha vida. Chama-me muita atenção que nos momentos difíceis da despedida de um ente querido a oração do terço cria uma atmosfera de paz.
O estimulo do Pe. Kentenich às famílias em Milwaukee vale também para nós: “Posso me imaginar que nós, como católicos, queríamos justamente, neste mês de outubro, transformar o rosário em nossa oração predileta”. [5]
Referências:
[1] SCHLICKMANN, Dorothea M., José Kentenich, Uma vida à beira do vulcão, p. 29
[2] Estas palestras se encontram no livro: Pe. José Kentenich, O Rosário
[3] KENTENICH, Pe. José, O Rosário, p. 13
[4] KENTENICH, Pe. José, material não editado
[5] KENTENICH, Pe. José, O Rosário, p. 12
Texto publicado em 07 de outubro de 2020
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