Ter um hobby; fazer um passeio no parque; ouvir uma música… As minhas alegrias para o Capital de Graças
Jaqueline Montoya – “Tudo para o Capital de Graças”. Quantas vezes não ouvimos esta frase? Para quem acaba de ingressar no Movimento Apostólico de Schoenstatt, às vezes, é um pouco difícil entender o significado dela. Aos poucos, ela gera vida e nos estimula a ir além, a vencer a nós mesmos. Porém, muitas vezes, ao pensar no Capital de Graças nos pegamos centrados na oferta de sacrifícios e renúncias e esquecemos a beleza de ofertar também nossas alegrias e conquistas. Afinal, é TUDO para o Capital de Graças, não?
Capital de Graças, base da espiritualidade de Schoenstatt
Quem introduziu o termo “Capital de Graças” foram os primeiros congregados, em busca de aprimorar sua autoeducação e causar pequenas alegrias e provas de amor à Mãe no Santuário. Seguindo o exemplo dos primeiros estamos hoje aqui, também tentando crescer em nossa autoeducação e contribuir de forma direta com a atuação da graça divina na vida humana: “Nada sem nós, nada sem Vós”.
Quando pensamos nisso, logo grandes sacrifícios e exigências nos surgem como opções. É só parar para refletir: todas as vezes que elegemos uma oferta ao Capital de Graças em comum, como grupo, como ramo ou comunidade, alguma renúncia está inclusa – um ato de piedade, um sacrifício, algo que nos ajude a vencer a nós mesmos para crescermos espiritualmente. Porém, nem só de sacrifícios e renúncias vive o Capital de Graças.
Minhas alegrias e conquistas: tudo para o Capital de Graças
Algum tempo atrás me deparei com esta frase nas redes sociais “Por que criamos um costume de que quando a gente quer oferecer algo pra Deus é sempre um sofrimento? Um jejum, uma penitência? Como se Deus se alimentasse de sofrimento? Por que ninguém diz: vou para o parque admirar a natureza e ofertar a Deus? Vou rir com meus amigos? Cuidar do jardim?” (G.A. Ferreira).
Obviamente ela me remeteu ao Capital de Graças e me fez refletir se estávamos nos lembrando desse tipo de oferta. Cada pequeno acontecimento do meu dia pode e deve ser depositado nas talhas do Santuário. Por que não compartilhar as alegrias com Deus e com a Mãe?
Por exemplo: quantas coisas pude vivenciar nas férias? Quem sabe uma viagem com minha família, ou mesmo a visita a um parque, um encontro entre amigos, algo que me trouxe felicidade. Por que não entregar também como contribuição consciente ao Capital de Graças? Podemos e devemos!
Não basta colocar só no status ou stories, vamos colocar na talha!
Hoje em dia é tão comum nos depararmos com a expressão “gratidão”. Nossas redes sociais estão cheias de fotos com esta legenda, de stories com essa palavra estampada. Para nós, schoenstattianos, fica a sugestão: que a gratidão possa se tornar algo ainda maior, que ela seja minha contribuição ao Capital de Graças! Por que não? Ao fazer esta contribuição ao Capital de Graças estamos dando vida à nossa Aliança de Amor. Temos que sempre cuidar para que a Aliança não seja algo teórico, mas sim algo prático, vivido, sentido, ou falharemos terrivelmente em nosso compromisso de amor.
Para exemplificar mais um pouco, no Rumo ao Céu, na Consagração da Manhã, Pe. José Kentenich detalha tudo o que podemos oferecer às talhas do Santuário:
OFERECIMENTO
Meu carregar e suportar,
meu falar e ousar,
meu pensar e meu amar,
tudo quanto eu merecer,
minhas lutas e conquistas,
tudo o que me faz sofrer
e o que me dá alegria,
o que sou e o que tenho
te ofereço, como dom de amor
à sagrada fonte de graças
que jorra cristalina do Santuário,
para inundar o coração
dos que se consagram a Schoenstatt.
E para conduzir bondosamente a Schoenstatt
os que misericordiosa escolhes,
e assim frutifiquem as obras
que ofertamos à Trindade.
(Rumo ao Céu, 16)
Ou seja, cada pequeno acontecimento de nossa vida pode ser entregue ao Capital de Graças. Recentemente nos deparamos com uma foto e um artigo sobre o valor das contribuições ao Capital de Graças, esse texto mexeu com muitos de nós, por nos mostrar como o Capital de Graças é real, como nossa contribuição humana faz a diferença na atuação da graça, nos inspirou a cada vez mais enchermos as talhas “até que se rompam”. Que possamos levar a sério esse propósito, encher as talhas dos Santuários, não apenas com sacrifícios e pesares, mas também com nossas vitórias, nossos sorrisos e nossas pequenas alegrias diárias.
Fotos: Schoenstatt International Communication Office 2014
Publicado em: 28 de jan de 2020
Sim eu coloco tudo no capital de graça,cada objeto artigo que eu vendo da livraria eu coloco no capital de graça,para mim tudo é capital de graça não vivo sem meu capital de graça