Ideal Pessoal: Ou tudo, ou nada – Ou Cristo, ou nada.

Data de Nascimento: 06/10/1898

Data de Falecimento: 15/07/1917

“Se chegar a notícia de que morri em combate, não fiquem demasiado tristes. Terá sido a vontade de Deus e eu terei cumprido o meu dever. O meu lema é ‘Aut Caesar aut nihil’ (Ou tudo, ou nada). Tenho de colocá-lo em prática”. Este trecho de carta foi escrito pelo jovem Hans Wormer em 14 de junho de 1917, justamente um mês antes de ele entregar sua vida heroicamente no campo de batalha da Primeira Guerra Mundial, como oferta à MTA.

Quem foi o heroi

Hans Wormer nasceu no dia 6 de outubro de 1898, em Heidelberg, na Alemanha. Como estudante, no seminário palotino, foi companheiro de classe de José Engling e revelava bastante talento, eloquência e rápido aprendizado.

Era seu desejo tornar-se um arquiteto e, sobre isso, o Pe. José Kentenich contava de Wormer: “Em determinado momento passou por uma mudança espiritual na sua vida. A partir daí, tornou-se claro que o construtor de igrejas que habitava dentro dele tinha de ser espiritualizado. Desde esse momento já não eram igrejas que ele queria construir; a sua ambição tornou-se construir a Igreja espiritualmente e por isso quis tornar-se seu forte apoio. Já não se contentava em ser simplesmente um faz-tudo ou pedreiro, mas queria antes ser um coarquiteto na construção da Igreja em geral e de Schoenstatt em particular”.

Hans fora recrutado para o exército e foi morto, em ação, perto de Veslud, na França, num domingo, dia 15 de julho de 1917.

Sejam como Wormer

“Hans Wormer era um jovem muito esperto – dizia o Pai e Fundador –, ele disse consigo: se fico apenas no nível de princípios [de ideias], não adianta. Preciso aplicar o princípio às situações concretas durante o dia. Para aplicar o princípio tenho que me esforçar para ser: o mais piedoso na oração, o mais alegre no recreio, o mais aplicado no estudo”.

É nesse aspecto que o Pe. José Kentenich, em visita ao Brasil, aconselha a Juventude Feminina de Schoenstatt a seguir os passos de Wormer. Isso vale, é claro, para todos os ramos e comunidades, como um desafio sempre atual: “Fora com toda a mediocridade! Ou tudo ou nada! No estudo a mais aplicada, no recreio a mais alegre, no diálogo com o bom Deus a mais piedosa!”, dizia o Fundador.

A Juventude Masculina assumiu esse ideal de forma bem concreta este ano: “Para o Jumas não existe o nada, por isso assumimos o Tudo na vivência dos nossos ideais. Inspirados pela radicalidade dos nossos herois, assumimos o Tudo que para nós é o Cristo. Por isso, junto com a nossa Mãe, queremos ser a Geração Missionária de Cristo”, diz a mensagem para as Missões de 2017.

Uma Cruz Negra

Logo atrás do Santuário Original está colocado o ‘Monumento dos Herois’, com as conhecidas Cruzes Negras que marcam a entrega de vida dos jovens da primeira geração de Schoenstatt. Esses encarnaram especialmente o espírito dos primeiros anos da Obra e morreram heroicamente pela missão da MTA. Dentre as cinco Cruzes Negras está o nome Hans Wormer, junto com José Engling, Max Brunner, Pe. Franz Reinisch e Pe. Albert Eise.

No ano de 1934 a Família de Schoenstatt decidiu repatriar os restos mortais de Max Brunner e de Hans Wormer, cujos túmulos foram encontrados nos locais onde morreram, e levá-los para junto do Santuário Original. As homenagens duraram vários dias e então numa segunda-feira, dia 20 de agosto, foi celebrada a Missa solene na Praça dos Peregrinos e o funeral foi realizado à noite, com a presença de muitas pessoas de vários ramos do Movimento de Schoenstatt. A Cruz Negra original foi retirada da tumba de Max Brunner, do cemitério onde estava anteriormente sepultado, em Neuville Saint Vaast, na França. A cruz de Hans Wormer é uma cópia dessa e na urna que leva seus restos mortais foi escrito o ideal ‘Aut Caesar aut nihil’: Ou Tudo ou nada.

 

Referências:

Eu saúdo os Lírios – Palestras do Padre José Kentenich para a Juventude Feminina de Schoenstatt no Brasil. Meditação para a juventude, em Santa Maria/RS, de 17 de agosto de 1949.

Herois de Fogo – A Fundação de Schoenstatt. Pe. Jonathan Niehaus. Breve biografia de Hans Wormer.