Memórias sobre a Senhora de Schoenstatt Leonor Gavilan
Ana Paula Paiva – Eu me lembro da história de Leonor Tarifa Gavilan, heroína de Schoenstatt cujo nascimento recordamos hoje (17/09), desde o meu tempo na Juventude Feminina de Schoenstatt de Ibiporã/PR.
Me lembro, vividamente, quando visitei a casa das Senhoras de Schoenstatt no Jaraguá, em São Paulo/SP, pela primeira vez (na época eu tinha certeza que não me casaria, mas como Deus tem planos mais sábios que os meus, me casei e tenho duas preciosidades) e uma parte dela dedicada a preservar sua memória (me lembro claramente do telefone da sala de estar e da explicação – Leonor se sentava ali). E eu, apenas uma adolescente, me perguntava: o que será que ela tinha de tão especial para ser tão amada por todos?
Leonor era mesmo encantadora, algum tempo depois eu também pude notar. Psicóloga por profissão, completamente apaixonada por Schoenstatt e, especialmente, pela missão do 31 de maio e a Cruz da Unidade, que carrega em si traços profundos da comunidade a que pertenceu, o Instituto Nossa Senhora de Schoenstatt.
O Ideal de seu curso (Sinal Apocalíptico da Vitória do Pai) evidencia, em si, o lançar-se, plenamente, à vocação a que foi chamada por Deus, a trazer o carisma das Senhoras de Schoenstatt para o Brasil, o desbravar de novos tempos para Schoenstatt em nossas terras. Traz em si, também, o selo da responsabilidade, fazer a Mãe de Deus ser conhecida e amada por onde passar (sendo sinal) e, bom, ela realmente fez isso muito bem.
Querida por todos, logo após sua consagração perpétua, adoece. Quantos de nós adoecemos sem que ninguém ao nosso lado perceba? Leonor deu um exemplo de alegria, serenidade e humildade muito grande. Com a firmeza de uma filha predileta, enfrentou o sofrimento com sorrisos e entregas.
Foi uma grande mulher e heroína de Schoenstatt e nos deixou grandes exemplos. Sempre acho muito interessante estudar e falar sobre nossos heróis, porque – embora com traços claros de santidade (essa mesma santidade que as vezes me vejo tão distante de conquistar), são pessoas… comuns, como cada um de nós. Pertenciam (na maioria das vezes) a um ramo ou comunidade, iam à missa na paróquia, eram dirigentes, participavam de projetos apostólicos, trabalhavam… como você e eu. A diferença: Leonor viveu Schoenstatt com uma profunda radicalidade, fidelidade e confiança. O coração e a vontade foram tomados pelo que nosso carisma significa e o ideal se fez vida em sua vida.
Quantos de nós conhecemos pessoas, dentro de Schoenstatt, cujos olhos brilham ao falar de nossa espiritualidade? Nós mesmos também não somos assim? Nós temos esses grandes exemplos que nos indicam o caminho: viver nossa Aliança de Amor com Maria, pertencer à Obra de Schoenstatt, carregar em nós o carisma de nosso Fundador é… alegre. Nos dá felicidade, nos torna completos. Viver Schoenstatt é sensacional – e graças a Deus temos pessoas inspiradoras, como ela, em nosso Movimento.
Eu me lembro da história de Leonor Tarifa Gavilan. E espero não me esquecer nunca do quê ela me ensinou.