Inspiração para os homens, esposos e pais do nosso Movimento
Inês e Mauricio Rodrigues – Francisco Ziober talvez seja um herói de Schoenstatt brasileiro, ainda, pouco conhecido. Mas quem é Francisco Ziober?
Bem, ele nasceu no dia 9 de março de 1934, em Gália/SP, e viveu sua infância, adolescência e juventude em Londrina/PR. Foi mecânico torneiro e radialista. Em 1961, aos 27 anos, casou-se com Zeila e teve três filhos. Logo após o casamento, foi diagnosticado com leucemia, com previsão de dois anos de vida. Começa, assim, a via crucis de Francisco.
Em 1962, junto com sua esposa, a Mãe e Rainha os conduz até o Santuário Tabor Esmagadora da Serpente, onde veem a conhecer a Obra das Famílias de Schoenstatt. Passam, então, a pertencer ao primeiro grupo da Liga de Famílias de Londrina (grupo Servus Reginae), inclusive atuando como dirigente do grupo. Ali inicia-se a grande transformação espiritual de Francisco Ziober.
Francisco faleceu em 1964, aos 30 anos de idade. Dia 27 de setembro de 2021, faz 58 anos que Francisco foi para o Tabor celeste.
Mas, o que ele fez para ser considerado um filho heroico de Schoenstatt, um autêntico filho de Schoenstatt?
Pe. Irineu Trevisan nos dá uma dica sobre a filialidade e heroísmo espiritual de Francisco Ziober: “Forjado na escola do Movimento Apostólico de Schoenstatt, o segredo de sua vida está no ardente amor a Maria. Na medida que se sente cativado por Ela, vai capitulando, lança-se na árdua luta da própria educação, dá novo sentido à sua vida, desprende voo para as alturas e se inflama de zelo pelas almas, consagrando-se ao serviço do apostolado em prol da Igreja e dos outros”.
Deixou para nós um exemplo de autêntico schoenstattiano: na escola de Maria, aspirou seriamente à santidade e doou sua vida num ardente zelo apostólico. Como?
1 – Viveu seu Ideal Pessoal “Servir a Maria”, buscando sua autoeducação e autodomínio, por meio do Horário Espiritual e Exame Particular.
Como dirigente, coloca-se como instrumento de Maria, para a santificação do seu Grupo Servus Reginae e para Schoenstatt, expressando, assim, seu amor aos membros do grupo.
Procura viver a santificação da vida diária como esposo, pai e trabalhador jovem, que portava uma doença agressiva e lutava com as preocupações e dificuldades diárias. Entretanto, não deixava de se alegrar e alegrar as pessoas com as quais convivia.
2 – Viveu plenamente sua Aliança de Amor com a Mãe de Deus (“uma aliança feita com o coração e não somente com a cabeça”), por meio da oração, entregas ao Capital de Graças, Eucaristia e visitas frequentes ao Santuário.
Tinha uma “fome espiritual” que se concretizava pela vinculação à Mãe de Deus, ao Santuário e ao Pai e Fundador, Pe. José Kentenich; na aplicação dos conteúdos estudados à prática; na assiduidade e na participação efetiva nas reuniões do grupo/formação.
Viveu intensamente a Carta Branca, embora não tenha conseguido realizar formalmente sua Consagração junto de seu grupo, pois já estava acamado devido à doença avançada.
Seu amor filial intenso à Nossa Senhora faz com que, organicamente, ele vá se voltando ao mundo sobrenatural, ao divino. Pela Mãe Santíssima, realiza a união amorosa com Cristo no sacramento da Eucaristia. O amor filial que ele consagra a Nossa Senhora culmina na dedicação total ao Pai, pela entrega sem reservas aos planos da Divina Providência em sua vida. “…o filho heroico que, qual semente, ofereceu sua jovem vida em holocausto por Schoenstatt, no Brasil”.
Francisco, “impressionante ver como Deus tinha pressa para te levar à perfeição, à santidade. Alguma coincidência com a vida de José Engling? Como ele, tu também poderias ser chamado um ‘Documento de Fundação vivido’, uma pessoa totalmente impregnada pela Aliança de Amor, que criou em torno de si uma Cultura da Aliança. Um exemplo de santo de vida diária – na família, no trabalho, na vida social e cultural, no esporte, na Igreja…
Palavras de Francisco: ‘Mãe querida, tenho me esforçado para compreender a espiritualidade do Movimento e procurado vivê-la’.
Francisco, ajuda-nos a tornar-nos autênticos filhos e filhas de Schoenstatt, todo entregue a uma nobre missão – levar o mundo de volta ao Pai”!
*Homenagem a Francisco Ziober, em 2016, por Ir. Bernadete Maria Ganz
Francisco Ziober – interceda por nós!
Fonte:
M. A. Barbosa, Franciso Ziober, Comprovado no amor, 2ª Ed. p. 72
Irmã Bernadete Ganz, Mensagens nas datas de aniversário e falecimento de Francisco Ziober, 2013 e 2016