Deus atua por meio da imagem dela, como, quando e onde ele quer
Ir. M. Nilza P. da Silva – Estamos nos aproximando da festa da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. A pequena imagem é pescada no Rio Paraíba, uma localidade na região de Guaratinguetá/SP. Deus se revela por meio de Maria, que surge toda cheia de lama, enroscada na rede dos pescadores.
A família de Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves não esperava encontrar-se com Deus, de modo tão profundo, naquela pescaria, que ninguém até hoje sabe o dia certo. Mas, se a pescaria era devido a uma visita do governador, aconteceu entre 17 a 30 de outubro de 1717. A vida é assim, quando a gente procura fazer o bem, Deus se manifesta de modo inesperado. Por isso, como diz o Papa Francisco, “é preciso deixar-se surpreender por Deus”. Ele simplesmente vem, onde, como e quando Ele quer.
Deus escolhe o que nada vale aos olhos humanos
Surpreendentemente no mesmo período do ano, em 18 de outubro de 1914, 197 anos depois, Deus mais uma vez se manifesta e vem ao encontro de seus filhos por meio de Maria. Desta vez, também escolheu o que é nada: uma capelinha de cemitério, há muito abandonada, numa localidade desconhecida no mapa: Vallendar, ou, mais precisamente, num vilarejo ainda menor, encostado ali nessa cidadezinha, em Schoenstatt. De novo, Ele se revela por meio de pessoas simples, um sacerdote e um grupo de adolescentes, seminaristas pobres. A imagem de Maria, pela qual Deus já começou a atuar nesse dia, chega ainda mais tarde e vem do mesmo modo: escondida num lugar em que ninguém queria encontrar: numa loja de coisas antigas. Dessa vez não foi pescada, ela foi comprada e chegou em Schoenstatt numa carroça.
Nem em uma e nem em outra dessas imagens se encontrou beleza: em Aparecida a imagem escura, feita de barro, à primeira vista não é atraente. Ela conquista o coração quando se chega mais perto, ao ver o leve sorriso na face, os traços doces de seu rosto, as mãos unidas em preces… Em Schoenstatt foi a mesma coisa, os jovens não queriam que a patrona do Santuário fosse aquela imagem feia, segundo seus critérios. Sua face era doce demais para a cultura alemã, no rosto um leve sorriso, as mãos seguram o Menino Jesus.
No entanto, Deus venceu!
Os milagres provaram que nas duas singelas imagens, de pouca beleza, é Deus que se faz presente. Ele nos visita com o seu coração materno. Hoje, tanto a imagem de Aparecida como a imagem da Mãe e Rainha são amadas, veneradas e atraem milhões de corações. São acolhidas com flores, cantos e lágrimas. Ninguém diz que no começo tudo foi difícil, porque hoje, quando elas chegam, tudo é festa e milagres acontecem.
Deus vem de um jeito que não esperamos
Precisamos estar atentos para essa mensagem: Deus nos espera onde nem imaginamos! Ele chega de um jeito que não esperamos! Só precisamos lançar as redes, entrar pelas portas abertas, rezar e seguir as inspirações do Espírito Santo nas coisas corriqueiras do dia a dia, sem nos preocupar e nos prender com coisas supérfluas.
Responda para Maria, atuante por meio dessas duas imagens:
Onde Deus o encontrou hoje? Em quais águas de sua vida ele apareceu?
Não se esqueça de limpar a casa de seu coração, tirar o pó do pecado, pintar as paredes com a cor do amor, porque Deus chega quando você menos espera. Não tenha medo de se aproximar de seu amor, porque em Maria, ele mergulha na lama para chegar mais perto, ele não tem receio de entrar em corações necessitados de reformas, porque foi abandonado. Deixe Deus entrar, por meio de Maria!
Lindo paralelo entre N.S.Aparecida e à Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt!
É Deus chegando com seu coração materno, um primor!
Parabenizo e agradeço pela publicação deste texto.
Lindo texto, chegou no dia certo, eu estava precisando, ao fim da leitura tudo clareou. Viva Maria . Todas N. senhoras benditas Sejam Amem