Virgem de Guadalupe, padroeira da América Latina
Ir. M. Nilza P. da Silva – A aflição era muito grande! Suas moradias eram dizimadas, os espanhóis, ao mesmo tempo em que invadiam suas terras, traziam missionários que lhes anunciavam que Deus é amor e que em Jesus todos somos iguais. A bondade dos missionários e a crueldade dos exploradores se contradiziam. Era dezembro de 1531 e Juan Diego percorre o duro caminho em busca de ajuda para seu tio enfermo. De repente uma senhora interrompe seu caminho, pede que ele vá até o bispo e peça a construção de um Santuário:
“Eu sou Maria, sempre Virgem, Mãe do verdadeiro Deus, por quem vivemos. Desejo muito que se erga aqui um templo para mim, onde mostrarei e prodigalizarei todo o meu amor, compaixão, auxílio e proteção a todos os moradores desta terra e também a outros devotos que me invoquem confiantes.”
O pobre índio não tem coragem de ir, mas a senhora insiste. Ele vai e não é recebido pelo bispo. Juan Diego desvia seu caminho, para não encontrar mais a senhora, mas, ela está lá, interpondo-se em seus planos e repete seu pedido. Ela insiste e o pobre índio, ao mesmo tempo que não resiste, já está cansado e sem coragem. Quando se acabam todos os seus argumentos e suas forças, eis que ressoa na voz da jovem senhora:
“Não deixe nada afligi-lo e não tenha medo. Não estou aqui eu que sou sua Mãe? Você não está sob meu manto e proteção?”
O coração do simples índio não resiste e ele se dirige novamente ao bispo, levando as flores que a Senhora lhe indicara. Sabemos do final da história, como a imagem da Senhora se gravou no manto do índio, o milagre abriu o coração do bispo e foi construído o Santuário, do qual até hoje Nossa Senhora de Guadalupe distribui graças infindas.
É próprio de seu coração materno inclinar-se aos filhos mais desvalidos, oferecer-lhes um lar e auxílio. O mesmo aconteceu em Schoenstatt, em 18 de outubro de 1914: Ela se inclina a um simples sacerdotes e alguns adolescentes, pede ofertas de amor para estabelecer-se numa capelinha e iniciar um movimento de renovação mundial. Ela repete ao Pe. José Kentenich, pelos acontecimentos,o que disse a Juan Diego: “Tu és o meu embaixador, digno de toda a confiança.”
Ele ousa na fé, apresenta sua ideia predileta e os santuários de Schoenstatt se multiplicam. Tornam-se o manto materno de Maria, que se multiplica pelo mundo inteiro, no qual ela continua a repetir a cada filho: “Não deixe nada afligi-lo e não tenha medo. Não estou aqui eu que sou sua Mãe? Você não está sob meu manto e proteção?”
Ela nos ama! Pe. Kentenich nos diz: “Hoje, ela nos carrega no coração. Nunca nos expulsa do seu coração, mesmo que cometamos pecado sobre pecado.. Sua dedicação e seu amor permanecem sempre voltados para nós e seus cuidados estão sempre dedicados a nós.”¹
Nada nos aflija! Ela terá o perfeito cuidado!
¹ Fonte: Maria, Mãe e Educadora, homilias na quaresma de 1954
Sou muito grata a mãe Rainha MTA,sempre quero estar debaixo de seu sagrado manto