Data de Nascimento: 24/07/1950
Data de Falecimento: 29/12/1968
Bárbara nasce em Thalkirchdorf – Allgan, pequeno povoado do sul da Alemanha, no dia 24 de julho de 1950. É batizada no dia 6 de agosto. Em março de 1951, por consequência da guerra, seus pais decidem emigrar ao Chile, levando seus dois filhos, Bárbara tinha oito meses quando deixou a Alemanha e mudou-se para o Chile.
Os primeiros anos são de intenso trabalho e grande dificuldade econômica para a família. Nesse ambiente de esforço crescem as crianças. A família cresce rapidamente, chegando a ter dez filhos.
Bárbara faz os primeiros estudos com um professor particular, em sua casa, junto com outras crianças da vizinhança. Aos 7 anos entra no Internato das Ursulinas, em Maipú, onde passa sete anos. Esses anos são de um tranquilo e normal desenvolvimento; suas notas são normais e tem boas amigas.
Em 1957, faz sua Primeira Comunhão, no dia 8 de dezembro. Em 1958, aos oito anos de idade, viaja com sua mãe, para a Alemanha. A principal lembrança que conserva dessa viagem é a fascinação com a neve.
O Natal de 1958 traz para a família uma grande dor, pelo falecimento de Mônica, a pequena irmãzinha de Bárbara, que faleceu afogada, aos dois anos, em um canal na frente de sua casa. A recordação de sua irmãzinha deixa em Bárbara uma marca profunda: tem medo da morte de qualquer membro de sua família e da sua própria.
Seus anos de juventude são tranquilos e felizes. Gosta de todos os esportes: andar a cavalo, natação, saltos mortais. Gosta das flores, que ela mesma cultiva. Uma profunda relação com seus pais caracteriza esses anos: ao voltar do internato passa horas contando-lhes tudo o que havia vivido.
Em 1966, pouco antes de completar 16 anos, muda-se para o Colégio Mariano, das Irmãs de Maria de Schoenstatt, para estar junto com suas outras quatro irmãs. É difícil para ela deixar suas amizades e o ambiente ao que já havia se acostumado. Mas, sem dúvida, seu ingresso no Colégio Mariano é fundamental em seu desenvolvimento, pois aí conhece o Movimento Apostólico de Schoenstatt.
O quarto ano (1966) é para ela um ano difícil. Dedica-se fundamentalmente ao estudo, onde se destaca de imediato como uma das primeiras do curso. É eleita como a representante da turma, mas o contato com suas companheiras não é fácil, especialmente neste ano. No quinto ano (1967), sua atitude no curso muda-se radicalmente: já não lhe importa tanto o êxito com as notas, senão que busca conseguiu o contato mais profundo com suas companheiras. Destaca-se por sua responsabilidade e serviçalidade, ajudando suas companheiras e sendo para muitas sua confidente e conselheira.
Bárbara tem uma maturidade pessoal maior que o normal para sua idade, em parte por causa de suas responsabilidades tanto do trabalho (todos os verões trabalha ajudando seu pai), como de família, já que seus pais vivem em Linderos e ela com suas irmãs vivem em Santiago. Bárbara e seu irmão têm a responsabilidade por seus irmãos mais novos. Em setembro de 1967, ingressa no Movimento de Schoenstatt, depois de ter refletido muito e se preparado para merecer um lugar nele. Em janeiro de 1968 vai ao Acampamento em La Leonera, que significa para ela uma profunda vivência schoenstattiana.
Durante este ano, é eleita dirigente do grupo e se prepara intensamente para a Aliança de Amor, que sela em Bellavista, no dia 8 de dezembro, pela manhã.
Três semanas depois, no dia 29 de dezembro, às 7h40min da manhã, a Mãe de Deus a leva ao céu, em um acidente automobilístico. Nessa mesma tarde, é transportada ao Santuário de Bellavista, o lugar que ela mais amou, o lugar onde aprendeu a conhecer nossa Mãe e Rainha, onde encontrou um pedacinho do céu e onde se entregou a Ela como instrumento para os ideais de Schoenstatt. Ali está Bárbara, de novo e para sempre em seu lar, nesse símbolo no lar eterno no qual o Pai Celestial a recebe e a tem em paz e alegria, junto a Cristo e Maria e a todos os seus seres queridos.
Sua vida é muito curta e não se encontra nela acontecimentos espetaculares: é uma vida normal, com tudo aquilo que uma jovem de 18 anos tem que experimentar. Nisto reside seu valor: Bárbara nos faz palpável como uma menina pode entregar-se, apaixonada e totalmente, à Mãe de Deus e a Schoenstatt, deixar-se transformar pela ação da Mãe e Educadora sem perder nada de suas qualidades, nem de suas responsabilidades por seu ambiente. A vida de Bárbara manifesta a fecundidade da Aliança de Amor, a eficácia da ação educadora da Santíssima Virgem no Santuário de Schoenstatt.
“Minha missão no mundo é: com tua ajuda e amor, preencher-me de Deus, de Cristo… e dá-lhe logo aos demais. Essa é minha missão, levar Deus a todos os homens, mas eu o farei negando-me a mim mesma, para que Cristo e tu atuem através de mim” (Bárbara Kast).