Ideal Pessoal: “Sei em quem pus minha confiança!” (2 Tim 1,12)
Data de Nascimento: 18/11/1906
Data de Falecimento: 14/07/1988
Eugênia nasceu no dia 18 de novembro de 1906, em Schwäbish Gmünd, na Alemanha. Seu pai era professor de uma escola industrial e membro ativo do partido político de Centro. O interesse pelas questões políticas foi transmitido a Eugênia no berço e se manteve vivo até o fim de sua vida. Sua infância foi profundamente marcada pela morte prematura da mãe, quando a menina tinha apenas três anos.
Terminando o colégio, frequenta, entre 1925 e 1928, o Seminário de Economia Doméstica no Monastério de Siessen. Aí conheceu Schoenstatt, por meio de um sacerdote do Movimento, o Pe. Franz Grim. Em 21 de abril de 1928 foi recebida na União Apostólica Feminina de Schoenstatt.
Depois de seus estudos, desde 1929, passou por diversos colégios como professora de ginástica e esportes. Primeiro, esteve no colégio feminino Sta. Agnes, em Stuttgart (1929), logo em seguida, em Ludwigsburg e Reutlinger, até que, em 1931, o Fundador lhe pede para assumir como tarefa principal a direção de toda a Juventude Feminina de Schoenstatt, na Alemanha.
Eugênia tornou-se uma verdadeira guia, a primeira dirigente da Juventude Feminina. Nessa ocasião o Pai e Fundador, Pe. José Kentenich, disse-lhe no Santuário Original: “Sei em quem pus minha confiança!” (2 Tim 1,12). Essa frase a marcou tão profundamente que ela tomou-a para si como ideal pessoal.
Já em 1929, Eugênia Mahringer havia visitado Schoenstatt, na ocasião da grande jornada feminina do sul. Em 1930, chegou a ser dirigente juvenil em Schwaben e organizou, em agosto desse ano, a primeira jornada da juventude, do sul da Alemanha, em Schoenstatt.
Ao final desta, o Fundador lhe convida para fazer um retiro, em Schoenenberg, perto de Ellwangen, onde ambos mantêm um longo diálogo sobre o trabalho com a Juventude em Schoenstatt e o Fundador lhe mostra sua vocação como guia da Juventude Feminina schoenstattiana.
Entre 1931 e 1933, trabalha, em estreita colaboração com o Fundador, pela Juventude Feminina em Schoenstatt, onde também conheceu e aprendeu a estimar o Pe. Albert Eise. Em 1933, as autoridades educacionais do nacional-socialismo a obrigam a reassumir imediatamente o seu posto no colégio, a fim de afastá-la de Schoenstatt. Entre 1934 e 1941, trabalha como professora de economia doméstica, ginástica e esportes em Ochsenhausen (Biberach). Mas continua com o seu trabalho na Juventude de Schoenstatt.
Em 1941, muda-se à escola profissional de Wernau, onde vive até sua prematura aposentadoria em 1960, ainda que, desde 1956, não pôde continuar trabalhando, devido a uma grave enfermidade na coluna.
A fundação do Instituto Nossa Senhora de Schoenstatt se deve, de modo substancial, à participação de Eugênia, durante a época do nacional-socialismo. Por desejo do Pai e Fundador, fez parte dos primeiros diálogos sobre as Constituições em 1935, 1936 e 1938.
Ela contribuiu, principalmente, para a aspiração da Juventude de Schoenstatt. E foi muito educada pelo Pe. José Kentenich – se ele depositava nela a sua confiança, sabia também que podia exigir-lhe grandes sacrifícios, para que crescesse na santidade.
Durante a época do nacional-socialismo, trabalhou nas, assim chamadas, “comunidades de urgência”, que deveriam garantir, apesar dos grandes riscos externos, a vida schoenstattiana da Região de Schwaben.
A partir de 1945 até 1976, Eugênia pertence à direção da juventude, da Região de Schwaben. Durante este período, se construiu o Santuário da Volta Vitoriosa (Stuttgart), a casa regional e o lar de estudantes, além da fundação no Chile.
Foi também ela que, com fé na Divina Providência, reconheceu o imenso significado da Missão do 31 de Maio e a fez penetrar espiritualmente na Região. Seu encontro com o Pai e Fundador, em Milwaukee, em 1962 e 1963, constituiu para ela uma ajuda espiritual e uma força muito importante.
Desse modo, para ela e para toda a Região, foi um grande presente o nosso Pai e Fundador celebrar na festa de Pentecostes de 1966, seu retorno com toda a Região na Liebfrauenhöhe, coroando a Mãe de Deus como a Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt.
Em 1976, participou como membro no Congresso Geral do Instituto Nossa Senhora de Schoenstatt. Durante seus últimos anos, em Freiberg, sentia-se especialmente comprometida à adoração no Santuário.
Poucos dias antes de sua morte, sentiu-se mal, na Igreja. Continuou, mesmo assim, ocupando-se de sua casa. Sem passar pelo leito da enfermidade, Eugênia falece no dia 14 de julho de 1988, em sua habitação na casa regional.
Suas palavras:
“… as maiores da geração fundadora seguiram seu caminho. Mas levaram consigo seu ideal de fundação e suas tarefas, para realizá-los em sua profissão, nos ramos, no estrangeiro. À cabeça de ambos os Institutos Seculares chegaram duas personalidades da geração fundadora como Superiora Geral das Irmãs de Maria e das Senhoras de Schoenstatt. Outras jovens foram crescendo e assumiram as tarefas de dirigentes entre a juventude feminina… as gerações vão e vem. Sempre insistia nosso Pai e Fundador, dizendo: ‘Cada geração deve novamente conquistar Schoenstatt’. Ele confiou plenamente nas gerações futuras e em 1935, agradecendo-lhes por todos os tempos, disse, confiando em sua fidelidade à Schoenstatt e em seu espírito de entrega: ‘À estas gerações futuras quero agradecer também deste lugar’. Isto vale também para a Juventude Feminina de nossos dias” (Maria Eugênia Mahringer, 11 de agosto de 1981 no jubileu dos 50 anos de fundação da Juventude Feminina, celebrado em Schoenstatt de 10 à 13 de agosto de 1981).